O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski enviou as acusações feitas pelo advogado Rodrigo Tacla Duran contra o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) ao procurador-geral da República, Augusto Aras.
Aras decidirá se o suposto crime de extorsão denunciado por Tacla Duran deverá ser investigado.
O depoimento contra Moro foi dado por Tacla Duran nesta semana ao juiz Eduardo Appio, da 13ª Vara Federal de Curitiba. Como Moro e o ex-procurador e deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), também citado, têm foro especial, o magistrado enviou a documentação ao STF.
Lewandowski despachou, então, a Aras, para que ele se manifeste.
Tacla Duran afirma ter provas de que pagou US$ 613 mil a advogados ligados à advogada e hoje deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-SP), mulher do hoje senador Sergio Moro.
As acusações de Tacla Duran foram reveladas pela coluna em 2017. Na época, ele afirmou, no rascunho de um livro, que o advogado Carlos Zucolotto Junior, sócio de Rosângela e amigo próximo de Moro, prometeu a ele facilidades na Operação Lava Jato em troca de dinheiro.
Tacla Duran trabalhou de 2011 a 2016 para a Odebrecht e tem sido apontado pelo Ministério Público Federal como o operador financeiro de esquemas da empresa. Desde então, ele vem fazendo uma série de acusações.
Segundo Tacla Duran, as conversas entre ele e Zucolotto envolveriam abrandamento de pena e diminuição da multa que deveria ser paga em um acordo de delação premiada.
O dinheiro do caixa dois, ainda segundo Duran, serviria para Zucolotto “cuidar” das pessoas que o ajudariam na negociação, que seria feita com a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.
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